Uma noite sem energia

Em casa à noite, após uma jornada de trabalho, nos tempos atuais, geralmente as pessoas vão assistir televisão, escutar som, acessar a Internet, ler um livro ou simplesmente dormir. E quem precisa! nestas épocas quentes, de um ventilador ou ar-condicionado. E quando de repente falta energia?! Não sei se observou, mas nosso modo de vida atual está totalmente condicionado a energia elétrica. Nos adaptamos assim, fomos acostumados a viver assim.
Ontem faltou energia no bairro que moro, imediatamente fiquei ansioso, pois como dito acima, a minha noite estava condicionada totalmente a energia elétrica. Aguardei, imaginando que ela fosse voltar logo, mas não voltou. Então para me acalmar, comecei a imaginar como viviam antigamente as pessoas, meus ascendentes: uso de candeeiro, lamparina, fogão a lenha, bate papo com os vizinhos e com a família, crianças brincando com as outras e ouvindo história dos mais velhos, um céu muito estrelado, uma lua esplendida, ambiente arejado devido a ausência, ainda de poluição e efeito estufa, cafezinho, dormir cedo todos, acordar cedo, ouvir o cantar dos pássaros...
A energia não voltava, a vela continuava acessa, não dava para ler com aquela luminosidade arbitraria.
O calor era muito intenso, os dias atuais andam muito quentes, tomei outro banho. Sem opção, fui conversar com os meus familiares, contar história para o meu filho, lembrar de coisas do passado- tentei fazer como as pessoas antes. À noite tinha ficado mais agradável com as iniciativas tomadas.
O cansaço cobrou do meu corpo o descanso. Mas o calor ainda me incomodava. Abri a janela. O céu não era tão agradável. Meu filho sem costume com a escuridão reclamava. As horas foi passando... Já tarde, a energia elétrica chegou, consegui dormir. Pouco! Cinco da manhã o celular despertou. Com olhos ardendo e muito sono, me levantei, fui trabalhar.
cheguei do trabalho e ainda estou com sono, cansado, vou parar por aqui.
“ Os humanos criam condições para se desumanizar, mas ainda continuam sendo humanos, eu sou humano!