domingo, 31 de maio de 2009

O casco do navio furou! Tapa o buraco! Tapa o buraco!


Acho que quase todo mundo já ouviu falar: “depois que fulano melhorou de vida nunca mais falou com agente”; geralmente é assim. É claro que tem algumas exceções, mas quando se está por cima, e melhorando cada vez mais, não se comenta nada e nem socializa os resultados. É tudo meu! Mas quando a barriga dói, todo mundo vira Dr. É lamentação pra cá, pra lá.
Veja só os ricos do mundo, passaram muitos anos acumulando suas riquezas. Alguns avanços que foram obtidos pelos trabalhadores, foi na base da luta, sangue e futuros sendo derramados. Como estava tudo bem, ninguém devia interferir, diziam: “As coisas devem se regular por si só”. E eles interferindo o tempo todo para que ficassem tudo a seu favor.
As coisas fugiram do controle, “o barco não agüentou tanto peso e abriu um rombo e começou entrar água”.
Estamos em crise! Agora começam as lamentações, os intocáveis antes, agora são coitadinhos. Ainda espertinhos! Querem que nos que não fomos os criadores do buraco no casco do navio, que vá lá, e se possível passe fome, mas tapem o buraco.

“Isso é na pratica a individualização das riquezas e socialização da miséria”.

Escuto os gritos: “nos trabalhadores, pobres, assalariados, não vamos pagar pela crise que não criamos.”Lutamos para que isso não aconteça, mas no fundo, no fundo, sobra é para gente.
Nessas horas só me vem à cabeça a imagem da representação do naufrágio do titanic: a água começou entrar e os primeiros a serem atingidos foram os pobres da tripulação; tentaram fugir para um nível mais elevado onde estavam os ricos, mas foram proibidos por grades, mas no fim todos foram atingidos. O titanic afundou!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

A MORTE DA FILHA DE MYKE TYSON


Esta semana aconteceu um fato que chamou atenção do mundo: a morte da filha de Mike Tyson.
Tyson foi um lutador de boxe que conseguiu fama e dinheiro batendo nos outros... Apanhava também! Sua filha foi encontrada com um cabo de um aparelho de ginástica enrolado no pescoço, depois veio a óbito. Espanta o acidente ter ocorrido com uma criança que certamente era cercada de babás, sua casa bem estruturada; não como as casas “daqui de baixo”, que possui inúmeras armadilhas. Isso nos leva a refletir: será que estamos tomando os devidos cuidados com as nossas crianças?
- Não existem fios descascados em nossas casas?
- As tomadas estão a uma altura segura?
]- As escadas tem uma proteção para evitar quedas?
- Sacos plásticos não são deixados expostos? Podem provocar asfixia.
- Os produtos de limpeza, assim como os remédios são guardados em locais seguros?
- Quando saímos na rua seguramos bem as mão de nossos herdeiros para evitar que eles se soltem e corram em direção aos carros.
- Etc, etc, etc...
As minhas condolescências a este pai que com certeza está sofrendo muito.

terça-feira, 26 de maio de 2009

PAPARAZZIDIOTICE!


Gosto muito de assistir comédias, é uma arte fazer os outros sorrir. Afinal as maiorias das coisas que fazem a gente dar risadas são besteiras, situações desconcertantes, coisas que não estão relacionado com o sofrimento alheio. Não dá para sorrir da morte de um ente querido, da dor de alguém que quebrou alguma parte do corpo. Admiro os que se empenham em fazer suas besteiras com intuito de nos fazer sorrir. Mas tem certezas coisas que...
A foto acima foi publicada em um site importante, a moça é uma atriz famosa. Sabe qual foi o destaque desta imagem tirada por um paparazzi? Os pés sujos. Tanta coisa importante acontecendo por aí e eles fazem os pés sujos de um mortal ter fama!... Isso é uma paparazzidiotice!
Quer pés sujos? Então vem aqui para baixo, no meu bairro, que eu lhe mostro um monte. E ainda não corre o risco de levar pancadas de seguranças.

Desabafei!!!!!

domingo, 24 de maio de 2009

“Made in china ou merda in china?”



Que os produtos chineses são de péssima qualidade todos sabemos; mas por que continuam vendendo? E quem compra?
Já li em algum livro que no inicio da revolução industrial os produtos das industrias de ponta também não tinha muita qualidade, mas com a exigência do mercado consumidor que naquela época estava em expansão, assim como ainda está, começou a se investir em qualidade; mas com isso aumentou o preço do produto final.
O objetivo das industrias é produzir, vender e lucrar com esse ciclo, para que isso aconteça é necessário que ela divulgue os seus produtos, então investe em propagandas que são transmitidas para todos que tenham acesso a televisão, Internet, rádio... Mas nem todos que são influenciados a comprar algo, possui o dinheiro, mas querem comprar! Ai que a china “entrou de sola” no mercado mundial, começou produzir produtos de baixa qualidade(bem mais baratos),parecidos com os originais, ou com a mesma função. Aí o cidadão com pouco dinheiro, mas por necessidade ou por influência, não vê outra alternativa a não ser comprar o “paraguaizão”, compra hoje e não sabe se vai funcionar amanhã. Mas compramos e continuamos comprando, não só nos brasileiros, mas todo o mundo; e a China vai crescendo anormalmente as custas de mãos-de-obra escravizadas e agindo de má fé, abusando das necessidades das pessoas. Mas um problema criado pelo consumismo desenfreado.
Acima eu usei o termo “paraguaizão” para descrever um produto chinês. Antes eu pensava que todos os produtos do Paraguai eram produzidos no Paraguai, depois fique sabendo que vem da china e muitos deles chegam aqui no Brasil de forma ilegal.

Quando eu terminei de escrever este texto, curiosamente fui olhar o nome do fabricante do mause do meu computador, e estava escrito: made in china! Fazer o que?!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Nosso alimento


Aqui em baixo não dá para se imaginar comer sem feijão e depois ir para luta. Da a sensação de que não se comeu, que foi só uma merenda e que logo, logo, vai se sentir fome. Assim acontece também com a falta da farinha. Mais também convenhamos que não dá para ir trabalhar em uma construção civil, queimar calorias da manha até o meio dia e depois comer saladas.
O feijão como alimento básico, faz parte do nosso cardápio desde a época da escravidão;ou nunca ouviu falar que a feijoada foi criação dos negros?Pois foi.
Feijão, farinha, arroz, ovos... Estes são os principais combustíveis da classe baixa, foram eles os responsáveis pela construção de Brasília, dos prédios em São Paulo... São eles os responsáveis pela manutenção da vida de muitos Brasileiros da classe baixa.
Desde criança que eu ouvia meu pai falar: “come feijão menino se não você vai adoecer”, assim também ouvi o meu avó; e eles tinham e tem razão. Diziam isso sem nenhum conhecimento cientifico do alimento, utilizando o conhecimento do povo e da vivência.
“Se o ser humano é o que come, então eu sou 80% feijão com arroz”!.

Pão nosso de cada dia nos dai hoje.


(Preço médio de alguns alimentos aqui em Camaçari-Ba).

Feijão(kg) = 1,80 reias
Farinha(Kg) = 2,15 reais
Açúcar(kg) = 1,60 reais
Óleo de soja(l) = 2,60 reais
Dúzia de ovos = 2,40 reais
Arroz(kg) =2,20 reais
Macarrão = 1,50 reais
Café (200g) = 2,50 reais
Carne de sertão = 11,00 reais
Leite em pó (200g) = 2,20 reais
Pão = Variando entre 15 e 20 centavos a unidade.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Meu blog


Quando eu resolvi criar um blog, não tive dúvida em relação o que eu ia escrever: sociedade. Mas que parte da sociedade? É claro que a camada que eu vivo: a base da pirâmide. Tive uma preocupação? Será que as pessoas vão se interessar em ler coisas que dizem respeito à pobreza, desigualdade social, preconceitos?... Apesar de saber que a maioria dos habitantes deste planta passam por algum destes problemas! Minha preocupação tem fundamento, já que vivemos em uma sociedade capitalista, baseada no consumo e na criação de fantasias. Fantasias estas que fazem com que as pessoas reneguem as suas próprias origens, renegue as sua condição existencial, “e vivem a filosofia do “eu”, se eu estou bem, o resto que se dane. Vale lembrar que o mundo, a nossa casa, também ta se danando.
Estamos na era dos robôs, não quero me transformar em um, por isso escrevo e compartilho com os outros a humanização. Sou humano!

domingo, 17 de maio de 2009

Se vira com 465 reais!


Uma família vem do interior, composta por um homem(pai), mulher(esposa) e dois filhos, ambos com idade entre 5 e dez anos. Digamos que por sorte o pai desta família consiga um emprego ganhando 465 reais (salário mínimo atual). Começa então o malabarismo: paga 150 de aluguel em um quarto e sala de péssima qualidade, com banheiro coletivo, mal arejado e quando chove, “deus os acudam”, paga também 30 de energia, 15 de água, 15 no mínimo de algum transporte... Sobrou 255 para comprar alimentação e algum remédio, se precisar . E o lazer? A conta do celular? A Internet... Como diz a comediante: isso não lhes pertencem. E será que aqueles 255R$ vai dar para eles se alimentarem direito? Quando é que esta família vai poder juntar um dinheiro para comprar uma casa? Como conseguirá comprar roupas para se vestir? Carro nem pensar!
Não coloquei no calcula os gastos com educação e saúde, que teoricamente o governo fornece.
Este exemplo não é padrão, alias! Aqui embaixo é quase tudo despadronizado, e acreditem! Tem uns que vivem mais embaixo do que o mais baixo: no fundo do poço.

sábado, 16 de maio de 2009

Salário mínimo


O salário mínimo foi criado no governo de Getúlio Vargas, mas não foi criação dos brasileiros, antes outros países já tinham o implantado. O salário mínimo foi mais uma conquista dos trabalhadores, que a muito tempo já reivindicava por sua criação. O objetivo do salário mínimo era de satisfazer as necessidades de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte do trabalhador. O mínimo passou por períodos difíceis, como a alta da inflação em tempos de desestabilidades, que fez com que se tonase mais mínimo.
Os cientistas dizem que a menor partícula da matéria é o átomo, diríamos que o salário mínimo é o menor salário de um trabalhador, o que não se comprova na prática.
O desejo de nos trabalhadores é que "o mnínimo cresca e apareça".

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Periferia


A minha vizinhança é composta por padeiros, açougueiros, mecânicos, operadores de máquinas, barbeiros, professores... Eu moro na periferia! Há também os vendedores ambulantes; muitos bons de fuga; desafiam a polícia, que também mora na periferia, mas nem sempre estão a serviço dos que moram na periferia. Na periferia fica o essencial para as humildes sobrevivências, a maioria da riqueza vai para os poucos não periféricos. Devido a escassez de recursos, uns se tornam anti- sociais para sobreviverem, ou então para manterem um padrão de vida divulgado pelos não periféricos. A mídia prolifera uma realidade que não condiz com a realidade da grande maioria das periferias. Já perdi alguns amigos...
Aqui as ruas têm buracos, os quebra molas são despadronizados, muitas casas são barracos, os sonhos são humanos, apesar de uns não parecerem; sim farrapos.
Dizem que aqui é a nova senzala, moramos em um sistema democrático! Todos podem opinar, gritar. Gritos individuais não serão ouvidos.
As terras e as riquezas já estão nas mãos dos não periféricos. As leis já estão nas mãos dos não periféricos. E esta democracia... Vejo desigualdade.
Um menino me pediu dez centavos para comprar um pão, outro robou um celular para trocar por drogas. Consegui sobreviver para escrever sobre a periferia.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O ciclo da auto destruição




Algum grupo de empresário é atraído para uma região, lá eles implantam suas indústrias. Este tal progresso atrai muitas pessoas para trabalhar. Vai chegando gente... Vão se aglomerando ao redor deste centro de produção, vão trabalhando... Mais gente vai chegando, saindo de regiões mais pobres em busca de melhoria de vida. Não há emprego para todos que chegam, muitos ficam desempregados, a miséria começa aflorar descontroladamente. Muitas outras pessoas vão chegando e vão construindo suas casas, ou algo parecido, em terrenos ou áreas ruins: encostas, próximo a rios, esgotos...As indústrias vão produzindo, outras chegam. Esta produção gera conseqüências: poluição do ar, da terra e das pessoas, que também individualmente dão suas má contribuições. A terra se altera profundamente, o desequilíbrio é inevitável e o resultado...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Daqui de baixo


Sou periférico, do subúrbio, do meio da massa...
A distância dos centros não me cegou!
O subúrbio me humanizou!
Sou massa, mas não de manobra.
Daqui de baixo vejo o sol, vejo a lua...
Não falo só de poesias;
Aqui embaixo mais aventuras do que poesia.
Escutei um tiro, corri... Esbarrei em um mendigo...