Domingo ensolarado, manhã; meninos e meninas correm brincando do lado de fora da casa, os homens mais velhos se distraem conversando embaixo de uma árvore, contando piadas, falando da época que eram crianças, futebol, bebendo uma cervejinha, beliscando alguns petiscos... As mulheres se encontram dentro de casa: comentam sobre a educação dos filhos, sobre as qualidades e defeitos dos seus maridos, um livro que leu, novelas...
Meio dia em ponto, o almoço fica pronto e é colocado na mesa, onde se encontram: vô, vó, filhos, filhas, netos, netas, tios, tias, primos, primas, sogros e sogras, genros e noras... E animais de estimação em volta. Uma oração puxada pelo chefe da família abençoa a todos e pede proteção para aquela FAMÍLIA.
A agitação e a superficialidade dos tempos modernos vem desintegrando este modelo de família, que foi criado e sendo fortalecido ao longo da história, com o objetivo de dar sustentação a uma sociedade organizada, e acolhedora.
A sociedade começou passar por profundas alterações: as pessoas começaram a se individualizar, se artificializar, reconhecer o dinheiro como Deus - o único capaz de lhe dar todas coisas - o prazer passageiro passou ser o espírito santo.
Na família tradicional sempre se ensinava sobre moral, respeito, amor, coletivo, continuidade, fraternidade, solidez, Deus... Este modelo de família era a regra, hoje é a exceção.
Certo dia meu filho me perguntou: “ papai, por que você não brinca mais comigo?Sempre está no trabalho, no computador ou dormindo”.
Aquelas palavras me atingiram como uma punhalada: ele tinha razão! Levantei da cadeira onde eu estava, olhei nos seus olhinhos pretos e sinceros e lhe dei um abraço. Foi depois deste dia que eu resolvi escrever sobre família; e tentar fortalecer ainda mais a minha.
“A família é a terra que envolve uma ou mais sementes, que um dia se transformarão em árvores. Se bem adubadas enquanto sementes, as plantinhas produzirão bons frutos”.
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